Andréa Azevedo Ferrão,

soteropolitana, nascida e criada na Vasco da Gama.

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Resumindo um pouco da minha história...

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     Convivi 44 anos em Salvador, em Vilas do Atlântico. Meu esposo e eu decidimos morar em Vitória da Conquista e aqui estamos. Quando chegamos aqui, passamos por fortes dificuldades financeiras e por vários problemas, o pior deles foi quando o meu esposo sofreu um acidente de carro na estrada de Tanhaçu.  Ficou 10 meses em cima de uma cama e só eu poderia cuidar dele, foram meses difíceis e sem saber que rumo tomaria, nem por onde começaria tudo de novo. Passei muitos dias chorando sem que ninguém percebesse; em meses de tristeza só me apegava a Deus, só ele me dava forças! Eu pedia:

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- Deus, me dê uma luz, mostre algo para eu fazer!

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     E, um dia sentada no sofá da sala, depois de alguns questionamento e preocupações, vi a foto de um Acarajé. Foi um susto que tomei, senti a presença forte do meu Deus, que nunca nem jamais me abandonou. Fiquei feliz demais!

Aí veio o segundo passo...

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     Voltei para Salvador e comecei a minha curiosidade em aprender a fazer Acarajé. Pedi ajuda a duas amigas Baianas de Acarajé e elas, com todo amor e conhecimento, me ajudaram a aperfeiçoar as técnicas e sabores. Retornei para Conquista com a bagagem cheia de conhecimento e utensílios doados por amigos queridos para que eu começasse a produzir, entre eles: tacho, panelas, botijão e um pouco de dinheiro. E assim comecei a vencer e a escrever a minha história, em meio a um início também difícil, onde fui para a rua vender, no meio da garoa fria dos meses de junho e julho. Apesar de ter desanimado e parado por um período, as dificuldades da vida me ensinaram a ser cada dia mais forte e a não desistir, então comprei minha barraquinha e sigo fazendo a vida das pessoas mais feliz através do tempero baiano.